domingo, 3 de setembro de 2017

Teu riso em cada fagulha.

Passam-se os dias e não esqueço,
Daquela delicadeza do teu jeito... 
Da tua desconfiança ao me olhar 
Desde então vivo uma angústia. 

Ao procurar e não te encontrar.
Ao passo que escrevo e imagino,
Todo aquele brilho no teu sorriso,
Fora capaz de me fazer sonhar!

Então eu sonho com o teu abraço,
Com os que não me serão dados...
E dessa angústia tento me livrar.

Contemplando o sol todos os dias,
Busco teu riso em cada fagulha
Que eu sou capaz de enxergar. 

NUNES, Elisergio.

MÃOS DELICADAS

Sem arrependimento da minha parte,
Tua presença me encheu de ausência!
Um dos males que vem com a saudade
Que atormenta extremamente a paciência .

Mas, o teu olhar castanho e oblíquo...
Fez-me sentir como se tivesse existido,
E o seu sorriso rompera a normalidade .
Fez meu dia sem dúvidas mais bonito.

De modo que eu fui até um pouco feliz.
E mesmo que de forma desencontrada,
Com o meu acelerado pensamento...

Pensei em você por toda a madrugada.
Os pensamentos me deixaram sedento
Pelo toque das suas mãos delicadas .

NUNES,Elisergio. 

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Onde devo estar?

Nunca mais, eu teria dito, sinto.
Se o peso do mundo e da solidão,
Sobre mim não estivesse a pesar.
Tal sensação não tenho esquecido.

Se eu tivesse pelo menos escrito,
Tudo o que me fizera te amar...
Não estaria assim tão sufocado.
Pois ainda que tachado de incauto. 

De modo oblíquo estaria a te olhar,
Mas, eu não consegui te eternizar.
E mais triste do que eu era, fiquei.

Há tempos me recusei transliterar! 
No entanto, agora sinto que voltei,
Mas ainda não sei onde devo estar .

NUNES, Elisérgio. 

terça-feira, 11 de julho de 2017

Enxerguei antes de ver

Estranho eu conseguir pensar,
Sem o insano desejo de ti ter.
Falta-me ar, falta-me até você,
E me sobra tudo que tenho escrito.

E o que eu não mais pude escrever!
Mas, com isso eu não me empolgo.
Eu confesso não está mais eufórico,
Com a simples ideia de ver você. 

Sem ter o objetivo de ti desapontar,
Acometido por uma súbita normalidade.
Sinto falta da efetividade das conversas.

De todas as que não mais iremos ter,
Mas, então tudo me soou muito esquisito!
Pois tinha enxergado antes mesmo de ver.

NUNES, Elisérgio.

sábado, 1 de julho de 2017

Distante e em frente.

Eu não estava mais ai e escrevia, 
De modo tenaz e tão eloquente!
Como o que pedia frequentemente, 
Para que não saísses da minha vida.

Sem despedida nos tornamos ausentes.
Eu, do insólito e tortuoso plano terrestre 
E vós, do mais misterioso e indescritível 
Que fora e talvez ainda é minha mente.

Silente vivi em várias vidas e mundo,
Mas nenhum me foi mais escuro...
Do que não poder chamar nós de a gente. 

Não havia mais luz e sobrava saudade!
Uma vez que a eternidade insiste,
Em nos manter distante e em frente .

NUNES, Elisérgio  
Parnarama-Ma

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Seria nós.

Aquela noite tristemente silenciava,
Com a alvorada anunciando o amanhecer.
Então isso logo me trouxe o prenúncio,
Do fim de tudo aquilo que nao existiu...

Entre mim e você, mas por quê? 
Onde estavas quando eu estive triste ?
Por onde andei quando estava a sofrer?
Todos essas perguntas claras  e retóricas.

Não conseguiram me levar até você!
E por isso eu sempre me entristeço,
Pois vejo que não mais reconheço.

O teu riso em cada rosto que me sorriu!
Se tu novamente me sorrisse, acredite...
Eu e você, não seria você e eu, seria nós.

NUNES, Elisérgio. 

segunda-feira, 5 de junho de 2017

MEMORIAIS

Entre nós há uma ilegalidade gritante!
Em uma flagrante e típica contrariedade,
Ás normas que regem a minha vontade.
Eu burlei o termo de manter-me distante.

Logo, acabei me tornando um réu confesso.
Não minto que sempre quis de você está perto,
Então tu deves reconhecer essa atenuante...
Ainda que seja compensada com a agravante,

Sem duvidas restou caracterizada a reincidência.
Eu te quero mais uma vez e todos tem ciência,
Foi único ter você ao meu lado por um instante.

Diante das provas me resta nesses memoriais,
Dizer-te que ainda te quero, mas já quis mais.
E requerer que o tempo seja um bom sentenciante.

NUNES, Elisérgio.